Depois de falar um pouco sobre Cartagena das Índias (aqui), vou continuar falando da viagem que eu e meu namorado fizemos ao litoral da Colômbia. A segunda parada foi a ilha de San Andrés.
Compramos a passagem de Cartagena a San Andrés pela Viva Colômbia, uma companhia low cost, nos moldes da Ryan Air europeia. O esquema é o mesmo: não quer pegar filas, pague, quer levar bagagem maior, pague. Pelo valor que pagamos, cerca de R$ 250, valeu a pena.
Agora, chegar em San Andrés é uma experiência que faz tudo valer a pena. A primeira impressão é ainda melhor do que eu imaginava. A ilha pequena (cerca de 26 km² de extensão e 12 km de comprimento) encanta do início ao fim.
Nossos primeiros dias foram de relaxamento total na praia. Não existe prazer maior do que se atirar na canga, com pés na areia e a visão do mar azul. O sol nos acompanhou todos os dias: cuidado com protetor solar é essencial.
O primeiro passeio que fizemos foi até o Aquário, um pedacinho de terra no meio do mar em que você pode mergulhar com os peixes e água é praticamente transparente. Daí o nome do lugar. A ilhota fica bem perto de San Andrés, uns 10 minutos de barco, e o passeio custa cerca de R$ 30.
Se você não levar máscara de mergulho, pode comprar ou alugar por lá. Meu namorado levou a dele, então, acabamos dividindo uma e foi tranquilo. Nós compramos um sapatinho de mergulho na própria ilhota e isso eu recomendo muito. Acabamos usando em vários lugares e praias diferentes que têm muitas pedras e corais no chão e machucam o pé.
Esse lugar é lindo. Tiramos fotos embaixo d’água, vimos muito peixes, uns bem grandes. Valeu a pena.
Depois fomos até a ilha de Johny Cay, que foi um dos nossos passeios favoritos. Fomos duas vezes. Você pode pegar um barco em uma das marinas ou pegar um barquinho na praia Spratt Bight mesmo, que eu recomendo. É mais barato (cerca de R$ 15), mais rápido e tem menos confusão.
Johny Cay tem um clima incrível. Não é tão cheio quanto as ilhas de Cartagena e, chegando cedo, você pode pegar uma barraquinha na praia e ficar o dia todo. Eles oferecem aquele mesmo almoço típico e todos os drinks tradicionais, como Coco Loco (bem forte) e Piña Colada.
Você pode dar a volta na ilha em cerca de 15 minutos. Explorar o lugar é uma delícia. Tem partes com mato, partes de corais, partes de praia azul… Você pode mergulhar ou ficar atirado na praia, deitar na grama depois do almoço ou ver iguanas e caranguejos. É um clima incrível.
A coisa mais legal que fizemos, sem dúvida, foi alugar um carrinho da Kawasaki (tipo de golf, mas mais potente) e passear o dia todo pela ilha de San Andrés. Demos a volta toda na ilha em cerca de 1 hora, vendo as diferentes paisagens, os tons de azul que o mar oferece, as praias, os bairros, as casas… O aluguel do carro não é barato, cerca de R$ 180, mas vale cada centavo, me emociono só de lembrar.
Depois que demos a volta, resolvemos fazer de novo e ir parando para conhecer as praias. A diversidade de opções é muito maior que imaginávamos. Mergulhamos na água quentinha em diferentes cores, diferentes texturas, tudo com pouquíssima gente. Parecia um paraíso exclusivo.
Em uma dessas paradas, tivemos a sorte de conhecer (sem querer) um lugar que foi o ponto alto do dia: o West View. Você paga cerca de R$ 5 para entrar e tem acesso a um local com tobogã e trampolim direto para o mar. Nesse lugar tem muitos peixes para ver!! Foi o lugar que mais vimos e aproveitamos o mergulho.
Nosso hotel era o Calypso Beach Hotel. Confesso que não foi o melhor hotel que já fiquei na vida. A estrutura é antiga, faltam reformas, não tem água quente (mas a ilha toda é assim) e a comida não é das melhores. O quarto era bom, mas o preço foi salgado. Procurando com maior antecedência, acho que você pode encontrar lugar melhor.
Outro detalhe de San Andrés é que é uma zona livre de impostos, então, tem muitas lojas. Perfumes, bebidas, cosméticos, roupas e comidas de marcas americanas são oferecidas em abundância. As coisas que mais valem a pena comprar são bebidas, perfumes e maquiagens. Alerta mulherada! Eu comprei batons da M.A.C por menos de 50 reais cada.
A cultura colombiana é cheia de peculiaridades e uma mistura linda de povos e origens. Além de serem pessoas muito receptivas e abertas, valorizam a honra e suas origens. Percebi que são bem nacionalistas e querem que os turistas levem de volta lembranças positivas e que afastem o país de estereótipos negativos. Nossa viagem não poderia ter sido melhor e volto para o Brasil cheia nostalgia e repetindo: visitem a Colômbia.
Maria Polo, 22 anos, é estudante de jornalismo, paulista-gaúcha, sonha com um mundo mais igual e coleciona carimbos no passaporte.
É bm viajar atraves da neta quando não se teve oportunidade de ir muito longe