Já está no ar mais um episódio da nossa série que vai te ajudar com dicas básicas sobre viagens. Depois de falarmos dos Estados Unidos, chegou a vez de explicarmos tudo o que você precisa saber antes de ir para a Ásia. Confira o vídeo (e se inscreva já no nosso canal do youtube) e o post abaixo, com todas as informações detalhadas.
Antes de tudo, é importante saber que a Ásia é o maior continente do mundo (em tamanho e população) e por isso é um dos que mais apresenta diversidade cultural. Então, cada costume e burocracia muda muito de um lugar para o outro. Nossas dicas são focadas em viagens para o Sudeste Asiático e o Extremo Oriente, onde ficam as cidades mais visitadas do continente.
De uma maneira geral, você também precisa saber que há muitos medicamentos que têm o uso proibido na Ásia. Então, se você usa medicação controlada, leve a embalagem e a receita e pesquise sobre essa possível proibição. Se você viajar para algum país onde o medicamento é proibido, é necessário ter o chamado Certificado Yakkan. Pesquise a necessidade conforme o seu destino.
EXTREMO ORIENTE
O Extremo Oriente da Ásia é formado por China, Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Taiwan, Hong Kong, Mongólia e Macau.
Hong Kong, Taiwan e Macau são considerados regiões autônomas, mas controladas politicamente pela China.
1.BUROCRACIA
Visto: brasileiros precisam do documento para visitar o Japão, a China, a Coreia do Norte e Taiwan. Todos os documentos precisam ser obtidos junto das embaixadas dos países.
Não é necessário ter visto para ingressar na Coreia do Sul, em Hong Kong, Macau, e Mongólia. Nesses países, a visita é limitada a 90 dias sem o documento.
É importante destacarmos a China, um dos países mais rigorosos na permissão de entrada de turistas. Lá existem vários tipos de vistos e se você vai à China para visitar algum familiar, é necessário que essa pessoa faça uma carta-convite, que deve ser apresentada na imigração do aeroporto. Confira toda a burocracia e documentação necessárias para cada visto aqui. A orientação do Itamaraty para brasileiros em viagem à China pode ser vista aqui.
Vacinação contra febre amarela: a certificação internacional de vacinação contra a febre amarela é exigida para entrar na China e na Coreia do Norte. A vacina deve ser feita 10 dias antes da viagem.
2.MOEDA
Cada país tem uma moeda diferente e não é necessário fazer o câmbio no Brasil. É vantajoso trocar as moedas em casas de câmbio espalhadas pelas cidades e aconselhamos que você pesquise a cotação das moedas, para saber se vale mais a pena levar dólar, ou euro, por exemplo. As duas são sempre aceitas nas casas de câmbio.
China: a moeda utilizada é o Renminbi. A unidade básica é chamada de Yuan, que se divide em 10 Jiao,e cada jiao se divide em 10 Fen. A moeda chinesa não tem cotação nos mercados internacionais. Isso ocorre porque é o Banco Central da China quem controla a cotação de cada moeda estrangeira em relação ao Yuan. O ideal é levar euros ou dólares, e o câmbio pode ser feito na própria China.
Coreia do Norte: a moeda local é o Won Coreano, utilizada apenas por quem vive no país. Turistas podem utilizar apenas o euro ou o Yuan Chinês.
Coreia do Sul: a moeda utilizada é o Won Sul Coreano. Para facilitar o câmbio, leve dólares ou euros.
Japão: a moeda utilizada é o Iene. R$1 equivale a cerca de 30 ienes.
Hong Kong: a moeda utilizada é o Dólar de Hong Kong.
Macau: a moeda utilizada é a Pataca, mas também são aceitos dólares de Hong Kong.
Mongólia: a moeda local é a Tugrik. Pagamentos em cartões não são aceitos em muitos lugares.
Taiwan: a moeda local é o Novo Dólar Taiwanês e é a única utilizada no país.
3.CURIOSIDADES/ DICAS DE SOBREVIVÊNCIA
Idioma: procure ter um conhecimento mínimo de inglês. Provavelmente, essa será a sua língua de comunicação e, às vezes, nem isso será suficiente.
Regimes socialistas: China e Coreia do Norte são países mais difíceis de visitar, porque são mais “fechados” aos estrangeiros. Eles têm, respectivamente, regimes ditatorial e totalitário. É por isso que há muita regras específicas para esses dois países, onde o governo controla praticamente tudo.
Na Coreia do Norte, considerada um dos países “mais isolados do planeta”, algo que chama a atenção é que não é permitido viajar completamente sozinho pelo país. Também é proibido passear sozinho pelas ruas. O ideal é viajar acompanhado de alguém, ou se inserir em alguma excursão, sempre acompanhado de guias. Mais informações sobre o país estão aqui.
Internet e telefone: a China tem a maior comunidade virtual do mundo – algo em torno de 650 milhões de usuários ativos. Mas, como já se sabe, o acesso à rede não é fácil. Muitos sites são bloqueados pelo governo, inclusive o Google e todos os seus serviços. Em 2015, o país anunciou novas regras para a utilização de internet. Agora, as companhias telefônicas precisam indicar os nomes dos usuários para quem o serviço foi vendido, e estes precisam assinar um “termo de compromisso” onde se comprometem a não falar mal do governo. As medidas não valem para Hong Kong e Macau, que são territórios autônomos.
Já na Coreia do Norte, a situação é ainda mais rígida. O país é tão fechado que é difícil, até mesmo, encontrar informações corretas sobre o uso da internet e da telefonia. Informações recentes apontam que a internet fixa é limitada a cerca de sete mil pessoas, no país, incluindo autoridades e diplomatas. Isso corresponde a 0,03% da população. Nem o acesso ao celular é completamente livre. Há apenas uma companhia telefônica no país e os coreanos não têm acesso à internet 3G no celular – mas os turistas podem solicitar. Estrangeiros e jornalistas também podem solicitar o acesso à rede Wifi nos quartos de hotéis.
Comportamento: em todos os países do extremo oriente o contato físico entre as pessoas não é considerado adequado. É importante, também, estar preparado para choque cultural, principalmente no que refere à alimentação, ainda mais na China. Neste país, é comum, por exemplo, pessoas arrotarem depois das refeições, assim como os banheiros públicos, muitas vezes, são desprovidos de vaso sanitário – e contam apenas com um buraco no chão. Aqui você encontra um guia prático com regras para visitar a China. Também só é aconselhável beber água fervida ou engarrafada.
SUDESTE ASIÁTICO
O sudeste asiático é formado por 10 países: Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Myanmar, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietnã.
1.BUROCRACIA
Visto: existem dois tipos de vistos na viagem para o Sudeste Asiático, que variam conforme cada país: os vistos antecipados e os vistos feitos na entrada dos aeroportos.
Myanmar, Vietnã e Brunei exigem visto antecipado dos turistas brasileiros, que deve ser solicitado junto às embaixadas.
Laos (com permanência máxima de 30 dias), Camboja (30 dias), Singapura (14 ou 30 dias) e Indonésia (30 dias) exigem um visto que é feito na própria chegada nos aeroportos, sem nenhuma burocracia extra. Só é necessário pagar uma taxa, que varia conforme o local. Clique nos links para os detalhes.
O visto para turistas brasileiros não é exigido para entrar na Tailândia (com permanência máxima de 90 dias), nas Filipinas (59 dias) e na Malásia (90 dias).
Vacinação contra febre amarela: em todos os países do Sudes Asiático, é exigido o certificado internacional de vacinação contra a febre amarela, que deve ser tomada pelo menos 10 dias antes de você ingressar no país.
2.MOEDA
Cada país tem a sua moeda e o dólar é muito bem aceito na hora de fazer os pagamentos. É a moeda que você vai preferencialmente levar, seja para utilizar ou para fazer o câmbio.
Nos países do Sudeste Asiático, hospedagem e alimentação costumam ser muito baratos. As moedas são desvalorizadas em relação ao real. O que torna a viagem mais cara é a passagem aérea, devido à distância e à necessidade de fazer mais de duas escalas, por exemplo.
Brunei: a moeda utilizada é o Dólar de Brunei.
Camboja: a moeda local é o Riel, mas no Camboja, o dólar é aceito em todos os lugares. Nos caixas eletrônicos, inclusive, você saca dólares diretamente. Leve dólares e não é necessário fazer o câmbio.
Singapura: a moeda local e única utilizada no país é o Dólar de Singapura. Mas não é necessário fazer o câmbio no Brasil. Procure uma casa de câmbio no próprio país, pois as taxas são mais baratas que nos bancos.
Filipinas: a moeda oficial é o Peso Filipino e é aconselhável levar dólares para fazer o câmbio no próprio país.
Indonésia: a moeda local é a Rúpia Indonésia e é fácil fazer o câmbio tanto com dólar quanto com euro.
Laos: a moeda do Laos é o Kip, mas dólares e as moedas tailandesas (Baht) são muito bem aceitas e e possível trocá-las em qualquer estabelecimento. Outras moedas internacionais precisam ser trocadas em bancos ou casas de câmbio. Os cartões de crédito frequentemente não são aceitos.
Malásia: a moeda local é o Ringgit e é possível trocá-la em praticamente todos os estabelecimentos comerciais, desde supermercados até os bancos. Prefira levar o dólar para fazer o câmbio. Cartões de crédito são bem aceitos em restaurantes, hotéis e centros comerciais, mas é aconselhável ter dinheiro vivo para qualquer emergência.
Myanmar: a moeda oficial é o Kyat e você só consegue comprá-la no país e a moeda preferida para trocá-la é o dólar. É importante levar todo o dinheiro necessário para a sua viagem em espécie, porque há poucos caixas eletrônicos, que também não são confiáveis. Troque os dólares no hotel ou em bancos.
Tailândia: a moeda local é o Baht e 01 dólar equivale a cerca de 30 Bahts. Prefira levar dólar para a Tailândia e faça o câmbio com notas de US$ 50 e US$ 100, pois elas valem mais. Cartões de crédito e débito são bem aceitos, mas geralmente há uma taxa de 03 a 07% para o pagamento. Para os saques nos caixas eletrônicos, também é cobrada uma taxa de cerca de 150 Bahts – então, prefira sempre pagar com “dinheiro vivo”.
Vietnã: a moeda vietnamita é o Dong, mas tanto dólar como euro são moedas muito bem aceitas, sendo que a aceitação do dólar é um pouco mais ampla.
3.DICAS DE SOBREVIVÊNCIA/ CURIOSIDADES
Religião: em todos os países do Sudeste Asiático, o budismo é a principal região. Então, fique atento nas visitas a templos, porque não é permitida a entrada com ombros e joelhos de fora, e alguns locais exigem até mesmo que as pernas estejam cobertas inteiramente, tanto para homens quanto para mulheres.
Golpes: fique atento aos golpes. É bastante comum taxistas não ligarem o medidor ou você pagar por um passeio que não existe, por exemplo. Além disso, alguns motoristas tentam te convencer a ir para o destino por um caminho diferente, para você passar por determinado ponto. Cuidado, porque isso vai se refletir no preço final!
Pechinche: ao mesmo tempo em que essa região da Ásia é comum pelos golpes, ela também é conhecida pela facilidade de pechinchar e negociar preços. Nunca compre um produto com o preço que lhe oferecem, porque é muito fácil entrar em um acordo para baixar o valor.
Deslocamento e trânsito: para se deslocar de um país para o outro, o ideal é procurar as passagens de avião – além de serem a maneira mais rápida, há tarifas com preços muito bons!
O trânsito, na maioria das cidades, é caótico. Prepare-se para andar em meio a feirantes, carros, tuk-tuks, motos e pedestres, ainda mais na Tailândia e no Vietnã.
Idioma: no Sudeste Asiático, o inglês também vai ser o seu principal idioma de comunicação – a não ser, é claro, que você se comunique em algumas das línguas dos locais. Você não deve ter problemas com isso. Em alguns lugares, as pessoas falam até espanhol e francês.
Gastronomia: tudo é muito diferente do que estamos acostumados a comer no Brasil. A primeira dica é: cuidado com a pimenta, porque, para eles, é praticamente sinônimo de água. É realmente muito forte. Além disso, a gastronomia do sudeste asiático é feita para quem quer aguçar o paladar. Ela é muito conhecida por ser sensitiva. Então, prepare-se para se deparar com novos temperos e aromas. São os principais ingredientes utilizados na preparação dos pratos. Comer insetos também é algo muito comum por lá, principalmente na Tailândia.