8 dicas sobre câmbio para uma viagem internacional
Saiba qual o passo a passo para conseguir as melhores tarifas.
Antes de viajar, uma das etapas mais importantes do planejamento é buscar informações relacionadas à moeda do local. A partir daí, você precisa tomar a decisão com relação as formas de pagamento que você vai utilizar, se vai levar dinheiro em espécie, cartão pré-pago ou cartão de crédito. Se vai trocar todo o valor antes de embarcar, se vai esperar chegar no local. São muitos detalhes, né?! Antes dessa decisão que pode fazer você perder dinheiro, vamos te ajudar a entender como funciona o câmbio. Esse é um ponto chave para a avaliação do melhor preço e de como fazer essa pesquisa.
Aliás, o restante de 2019 promete ser um ano convidativo para viagens no exterior. De acordo com especialistas, as medidas da Reforma da Previdência são vistas com bons olhos pelo mercado e as expectativas de economistas e investidores de que ela seja aprovada este ano reflete diretamente no dólar. Segundo o décimo Boletim Focus do Banco Central de 2019, a moeda americana pode encerrar o ano em R$ 3,70. Com essa desvalorização, os brasileiros podem desengavetar os planos de viagem internacional.
“Mesmo que haja oscilação, a tendência é que o dólar caia. É o momento ideal para voltar a pensar naquele passeio em família, no intercâmbio do filho ou no curso no exterior que teve que ser cancelado pela grande instabilidade que as incertezas das eleições provocaram”, afirma Alexandre Monteiro, sócio-fundador do site comparador de casas de câmbio.
Aqui listaremos algumas das questões que você deve considerar antes de carimbar o passaporte. Além de um planejamento, tempo pode ser realmente valioso, já que o recomendado é ir acompanhando com antecedência a taxa de câmbio para comprar a moeda quando estiver mais em conta. “O ideal é acompanhar o preço todos os dias, o que possibilita fazer compras fracionadas para se blindar dos picos. Não recomendamos esperar para comprar tudo de uma vez ou contar com a expectativa de queda em períodos específicos”, diz Monteiro.
1. Entendendo o câmbio
Um dos maiores motivos da perda de dinheiro é a falta de informação. Por isso, o ideal é entender o funcionamento do câmbio. Nele, o dinheiro é uma mercadoria. Você não “troca” moeda, mas vende uma para comprar outra. Por isso há preços de venda e de compra.
Dica: nunca se deixe levar pela diferença entre os valores das cotações entre diferentes moedas. Por exemplo, quando você vê o dólar a R$3,90 e o peso mexicano a R$0,40, a vontade é de apostar tudo nos pesos, certo? Errado! O dólar é o parâmetro pelo qual o real é cotado frente todas as moedas. Se o dólar fica mais caro, todas as moedas ficam mais caras também.
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2. Saiba exatamente quanto pretende gastar
Esse planejamento além de evitar que você gaste mais do que necessário, vai te ajudar e muito na questão da taxa cambial. Planeje quanto pretende gastar, sempre colocando uma margem para imprevistos.
Faça uma estimativa dos seus gastos, um mini-roteiro em que conste alguns detalhes levando em consideração a economia e gastronomia locais, os lugares que você irá visitar. Some os gastos, se possível com uma estimativa diária, para ter uma ideia de quanto precisará na moeda local e, consequentemente, quanto gastará na sua moeda.
3. Acompanhe o câmbio para viagem
Tente pesquisar o câmbio assim como você pesquisa passagens e hotéis. Ver os preços todo dia, analisar quedas e altas. E assim poder escolher o momento certo para realizar a troca. Uma dica ótima é que no site do Banco Central é possível acessar um ranking, ele mostra o quanto bancos e casas de câmbio cobraram, em média, por uma moeda estrangeira no mês. Os números se referem ao valor efetivo total (VET), que inclui a taxa de câmbio, as tarifas e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A lista pode ser usada como referência de locais que costumam vender a moeda mais barata.
4. Não compre moedas fracas no Brasil
Pesos chilenos, colombianos, mexicanos, uruguaios e argentinos, além dos soles peruanos, são moedas fracas no Brasil. Também entram nessa lista os rands, florins, liras e quetais. Moedas de países como Chile, Uruguai, Argentina, Japão, Noruega, Dinamarca, África do Sul e Tailândia são difíceis de achar no Brasil. E apresentam uma cotação desvantajosa.
Só vale comprar pesos argentinos no Brasil, por exemplo, em Foz do Iguaçu ou em lugares com colônia argentina, como Búzios e Bombinhas, e mesmo assim, tenha certeza se é um bom negócio. Ao viajar para esses países, é mais vantajoso comprar dólares americanos no Brasil e trocar pela moeda local no país de destino. Mesmo sendo taxado duas vezes, ainda assim a economia é grande.
5. Saiba onde o Real não é valorizado
O movimento contrário também pode ser desvantajoso, já que a lista de cidades onde a cotação do Real vale a pena é bem pequena: Buenos Aires (Argentina), Montevidéu, Punta del Este e Colonia del Sacramento (Uruguai), Santiago e Valparaíso (Chile).
Levar reais para Europa, Estados Unidos, Colômbia, Peru e México, além de outros destinos na Argentina, Uruguai e Chile (que não foram listados), é perder dinheiro. Até será possível que você troque reais, mas nunca com a cotação atrativa de uma moeda forte, como o dólar. Lembre-se: em cidades onde o real não é valorizado, o turista perde dinheiro. Melhor levar dólar ou outra moeda forte do local.
6. Evite câmbio para viagem no aeroporto
O câmbio no aeroporto, durante fins de semana e em lugares próximos a atrações turísticas costumam ser mais caros. O lugar onde você faz o câmbio para viagem faz toda a diferença e isso não só em relação à melhor cotação, mas também por segurança.
Na Europa, procure agências bancárias com setor de câmbio, que costumam ter melhor cotação que casas de câmbio de rua. Em alguns lugares, inclusive, algumas casas de câmbio e cambistas de rua podem ser perigosos, trabalhando também com notas falsas. Caso você chegue ao destino sem dinheiro local, troque no aeroporto apenas o mínimo para pegar um transporte até o hotel ou uma casa de câmbio com tarifas mais justas. Peça indicações ao gerente do hotel!
Por fim, procure realizar a compra em horário comercial, até as 18h. É uma maneira de garantir a cotação vista no dia. Depois desse horário, não tem como saber se no dia seguinte a cotação vai estar mais alta ou mais baixa.
7. Comparando valores
Pesquise e trace um comparativo entre bancos e corretoras para economizar na compra. Todos os dias, você pode ver no mínimo 5% de variação entre as melhores e as piores cotações. Existem diversos sites e aplicativos que fazem essa comparação para você. O MelhorCâmbio.com, por exemplo, mostra as cotações diárias de 22 moedas em 870 casas de câmbio de todo o país, o que ajuda viajante a se programar.
Além disso, há um sistema de ofertas, que realiza um tipo de leilão entre as corretoras: lança-se um valor da taxa que se deseja pagar e, caso alguma delas aceite, o negócio é fechado. “Isso multiplica ainda mais as chances de encontrar taxas que cabem no bolso, para concretizar e até ampliar o roteiro da tão sonhada viagem para fora”, declara o sócio-fundador. O site proporcionou economia de mais de R$ 130 milhões a seus cerca de 310 mil usuários com a ferramenta de barganha em 2018.
8. Cartão pré-pago x Cartão de crédito
Lembre-se que para fazer transações com o cartão de crédito no exterior é importante ter certeza que o cartão está habilitado para a função. Você pode ligar para o banco com antecedência e informá-lo do período e país que você vai viajar. Só que aí vem a dúvida: vale a pena usar cartão de crédito?
Além do câmbio, o usuário terá que pagar uma porcentagem tributária — o IOF, que equivale a 6,38% — sobre aquilo que comprar. O câmbio considerado é o do dia em que a fatura fecha, portanto ele pode acabar sendo a opção mais cara. Em especial, em países com muitas variações como o Brasil.
Outra opção é adquirir um cartão pré pago, assim pode ter um controle mais eficiente e detalhado seus gastos. Além de ser bem mais seguro, o cartão pré pago te impõe a fixar um limite de gastos e não te faz ficar preocupado com flutuação cambial.