O encanto do litoral colombiano by Maria Polo – Parte I

Quando descobrimos (eu e meu namorado) sobre a existência da ilha de San Andrés, na Colômbia, ir para lá parecia um sonho distante. As praias paradisíacas e as paisagens de tirar o fôlego eram privilégios de celebridades e milionários.

Depois de muita pesquisa e frio na barriga, mesmo sem acreditar no começo, descobrimos que tudo era bem mais fácil do que parecia. Companhias áreas conhecidas dos brasileiros fazem voos até lá, com preços que – bem pesquisados – ficam em torno de R$ 1.500 ida e volta.

Chegamos à conclusão que um roteiro ideal seria fazer o combo “clássico” de Cartagena e San Andrés. E, realmente, foi muito natural. Passamos 4 dias aprendendo muito sobre a história da América Latina e da Colômbia, vendo cenários lindos, arquitetura e ruínas de tirar o fôlego. Depois, ficamos 9 dias relaxando e nos divertindo em praias que pareciam desenhadas como o paraíso.

Hoje, depois de ter ido, eu adicionaria uns dias em Bogotá também. Me envergonha admitir que sabia pouquíssimo sobre a Colômbia e a imensa cultura desse país. Infelizmente, a nação é marcada pela história do tráfico de drogas, mas isso não está muito distante da realidade atual. Com todas as pessoas que conversamos, entendemos que o governo colombiano faz um trabalho incansável de políticas contra as drogas. Comprovamos pela quantidade de policiais e segurança nas duas cidades que visitamos.

Nesse primeiro post, vou falar sobre Cartagena.

No topo da lista, teria que estar o clima caribenho da cidade. O tempo todo que estive lá, senti como se tivesse voltado no tempo ou estivesse num cenário de filme. Todas as pessoas são atenciosas, existe uma aura de música, arte, gastronomia e fotografia no local. Tudo misturado a um calor forte e muitos turistas. É uma cidade muito romântica!

As praias de Cartagena não têm nada de especial, a água e a areia são escuras. A cidade tem outras coisas culturais que talvez sejam mais legais para fazer. Mas pertinho dali existem ilhas com aquele mar azul digno do caribe dos sonhos.

É assim o passeio para Isla del Rosario e Isla Baru, que vale muito a pena. Pagamos 70 mil pesos para passar o dia nas praias. A ida de lancha leva quase 1 hora (aviso: o barco balança muito) e, ao chegar na região das ilhas, você escolhe se prefere começar praticando snorkel, em Rosário, ou ficar na praia, em Isla Baru.

Nós fizemos o mergulho e foi uma experiência incrível. Os instrutores dão muita liberdade e você pode brincar com os peixes, ver os corais e nadar em alto mar. Tudo naquele mar azul celeste. O snorkel custa 15 mil pesos e dura cerca 1h30. Depois, passamos o resto do dia curtindo a praia de areia branca e de água azul piscina. O almoço está incluso no passeio, um prato típico de peixe assado na lenha, arroz de coco, patacones (banana da terra frita) e uma saladinha. Delicioso!

Outra visita legal foi ao Castelo de San Felipe. Pegamos um taxi (que é muito barato) até o Convento Santa Cruz de La Popa, que é um mirante belíssimo da cidade e o taxista nos esperou por lá. Depois, ele nos levou até o Castelo, que na verdade, era um forte militar.

Caminhar pela muralha no fim da tarde é uma experiência muito legal, você pode aproveitar a brisa do oceano e sentar no Café del Mar para tomar um Aguilla, cerveja colombiana deliciosa. Mas dica: dá para comprar dos vendedores ambulantes e sentar na própria muralha gastando muito menos.

A cidade tem diversas lojas e restaurantes. É um lugar que dá pra gastar bastante, se quiser, mas também tem muita comida de rua e opções mais baratas. De qualquer forma, um restaurante com ambiente legal e comida boa tem preços parecidos com Porto Alegre, entre 40 e 60 reais.

Ficamos num hostel chamado La Casona de Gestsemani. Era bem simples, mas foi barato e funcionou bem para o pouco tempo que ficamos. Tinha Wi-Fi nos quartos e café da manhã com arepas (outra delícia típica) e frutas. A localização poderia ser melhor, era bem pertinho do centro, mas concluímos que seria mais legal ficar exatamente no centro.

by Maria Polo

Maria Polo, 22 anos, é estudante de jornalismo, paulista-gaúcha, sonha com um mundo mais igual e coleciona carimbos no passaporte.