Razões para amar Salvador: os melhores restaurantes da capital baiana

No aniversário da capital dos baianos, com toda certeza, não vai faltar muita energia positiva. Esse é definitivamente o clima de Salvador, a cidade que ficou especialista em hospitalidade. Ao longo do dia, uma programação especial reúne diversas atrações  como os cantores Léo Santana, Daniela Mercury e Saulo. Há eventos no Farol da Barra, Cajazeiras X, Campo Grande, Rio Vermelho e mais. Mas tudo isso é apenas um pretexto para falarmos sobre as razões para AMAR Salvador. Já antecipamos, é pelo paladar que a cidade vai te conquistar.

O que vem do mar… Mistura

Estar em Salvador é saber que entre as suas prioridades estará um belíssimo prato de peixe ou frutos do mar. Seja por uma moqueca tradicional, seja por camarões gigantes e até lagosta. Dizem que quando estamos em destinos cercados pelo mar, essa é aposta certeira. No Mistura, os ingredientes são trazidos pelo mar, e os sabores, acentuados nas receitas da chef. Então, vamos lá…

Desde 1992, o restaurante Mistura, antigo Mistura Fina, faz sucesso. Localizado no famoso bairro de Itapuã, ele se destaca justamente pelos pratos com peixes e frutos do mar. Há alguns meses, o restaurante abriu portas em novo endereço, na Avenida Contorno e está cada vez mais se distanciando do que um dia foi o formato original, o de uma barraca de praia.

O segundo restaurante da marca mostra a capacidade de reinvenção e aprimoramento dos negócios. Apesar de tantas mudanças recentes, a qualidade e a forma de gestão continuam intactas. Os pescados, sempre frescos, são limpos e pesados na peixaria própria em Itapuã, a chef Andréa Ribeiro é a responsável pelo turbilhão de novidades do Mistura. A paixão pela arte gastronômica fez a chef buscar excelência através de renomados cursos, experiências e aperfeiçoamentos em locais diferenciados.

Agora, de frente para a Baía de Todos-os-Santos, que muitos dizem ser a vista mais linda de Salvador, a chef apresenta receitas nobres como uma lagosta cozida em baixa temperatura.

Peça a seleção de seis tira-gostos do mar (incluindo o maravilhoso vinagrete de polvo) como entrada. Para prato principal, destaque para o robalo grelhado guarnecido de lula recheada com bacalhau, cogumelos salteados e crocante de milho.

Onde fica? Rua Professor Souza Brito, 41, Itapuã/ Ladeira do Gabriel, 334, Dois de Julho. 

Contemporâneo: Origem

O nome já é bem sugestivo e tem toda relação com a proposta desse restaurante contemporâneo. A cozinha faz questão de explorar os cinco biomas do estado (Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Zona Costeira e Marinha). Todo cuidado e criatividade que levaram o Origem ao topo. Em três anos consecutivos, Fabrício Lemos faturou o prêmio de melhor chef de Salvador (do guia da Veja, hoje principal referência no segmento). Aliás, título que veio numa concorrência acirradíssima, afinal estamos falando de uma cidade que nos últimos tempos virou um polo gastronômico. Portanto, sim, há mesmo algo de especial no Origem.

Já pensou em pratos que usam farinha de copioba (artesanal e torradinha, feita no Vale do Copioba), carne de fumeiro (técnica antiquíssima em que os cortes de porco são temperados e defumados por horas em moquéns de Maragogipe), licuri de Piemonte e limão selvagem? Talvez não, mas certamente já está salivando. Esse “algo a mais”do Origem pode ser conferido durante um jantar pedindo exclusivamente o menu degustação (R$ 160,00 por pessoa, ou R$ 300,00, se harmonizado com vinhos).

Com 14 etapas, a jornada deliciosa começa com um shot de cachaça Rio do Engenho, de Ilhéus. Na sequência, chega à mesa o abarajé, um abará que é frito depois de empanado. A refeição segue com entradinhas que podem incluir receitas como vinagrete de manga verde e carne de fumeiro salteada com abobrinha. Como estrelas do menu, dois pescados e duas carnes costumam se destacar nos quatro pratos eleitos como principais.

Para que todos esses pratos pudessem ser idealizados, Fabrício viajou o estado de norte a sul resgatando sabores tradicionais e inventando possibilidades inusitadas nas rotas desconhecidas da Bahia. P Da Chapada Diamantina, vem o café orgânico e o licuri de Piemonte; do Litoral Sul, o cacau cabruca; do recôncavo baiano, a farinha de copioba, as carnes de fumeiro e as chouriças; do Sertão, as frutas como o umbu e o maracujá da Caatinga. Ah! Essas viagens são feitas com outros chefs, fazem parte das ações do Instituto Ori, projeto comandado Fabricio e Caco Marinho de ecogastronomia, que busca contribuir com o desenvolvimento cultural, social e turístico do estado. Inclusive, estimulando produtores locais. É realmente de tirar o chapéu. Bom, acho que nem precisamos mais de argumentos…

As reservas precisam ser feitas geralmente com duas semanas de antecedência.

Onde fica? Alameda das Algarobas, 74, Pituba. 

Carnes suculentas: Boi Preto Prime

Nem só de acarajé e moqueca vive o soteropolitano. Na capital baiana, alguns estabelecimentos gastronômicos se tornaram verdadeiros pontos turísticos e marcas registradas dos bairros onde funcionam. Se você quiser experimentar o restaurante que é referência nos mais nobres cortes de carne, é no Boi Preto Prime que você irá. O restaurante já foi premiado mais de vezes pelas principais publicações do segmento de gastronomia.

Fundado há 20 anos, o restaurante oferece o sistema que estamos acostumados no Rio Grande do Sul, super buffet e rodízio de churrasco. Incluindo também sushi e sashimis. Para garantir o serviço de excelência, cerca de quarenta garçons circulam entre as mesas oferecendo carnes recém-saídas de uma enorme churrasqueira. Os cortes são preparados da maneira tradicional dos churrascos sulistas.

São mais de vinte cortes feitos no espeto, a seleção inclui a costela prime, o assado de tira e o bife ancho, além da tradicional picanha, carne sempre favorita do público. Quem quer deliciar-se com cortes de cordeiro, também é bem servido, a paleta e o carré são provenientes do Uruguai. Na carta de vinho, diversas opções, a adega da Boi Preto tem mais de 3. 000 garrafas e rótulos internacionais.

Onde fica? Av. Otávio Mangabeira, 5095 – Jardim Armação (em frente ao aeroclube).

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O melhor japonês: Shiro

O ambiente possui uma decoração refinada com espelhos espalhados pelo local. Formado por um salão principal, um salão de entrada, mezanino e um bar ao centro, o Shiro é um restaurante japonês moderno e agradável, perfeito para um jantar especial. O restaurante que tem a matriz no charmoso bairro da Graça utiliza ingredientes gourmet, o que torna a experiência ainda mais deliciosa. A criação das receitas fica sob responsabilidade do cearense Luciano Costa, um dos sócios da casa, que durante 30 anos passou por restaurantes do Rio e de São Paulo, além de ter comandado o Soho, na capital baiana.

Para que você possa desfrutar desses sabores inusitados e do peixe mais do que fresco, entre as opções, está o combinado do chef (R$ 109,00, com quinze peças). No prato, vem itens como o camarão empanado envolto em salmão maçaricado mais geleia de pimenta -biquinho e cream cheese. Além das peças tradicionais da culinária japonesa, as “inveções”, como o enrolado de atum com arroz sob foie gras e caju fresco. Ainda robatas, os típicos espetinhos, em versões como a de brócolis e a de cebola.

Onde fica? Rua Flórida, 41, Graça. 

Pasta Em Casa

Se você pensa que a escolha por restaurantes italianos é muito óbvia e que não há como sair do lugar comum nessa culinária tradicional, você está completamente enganado. O Pasta Em Casa começou pequeno, estilo aconchegante e para atender uma pequena demanda, mas a criatividade do menu e em especial o menu, fizeram ele entrar no hall da fama de melhores de Salvador. O segredo? Massas elaboradas artesanalmente, com ingredientes de qualidade trazendo sabores nos que remetem menos à memória afetiva (da boa e velha macarronada) e mais à vontade de aprimorar o paladar com sabores diversos.

O restaurante é administrado pelo casal Valeska e Celso. A mineira usa sua expertise em moda para escolher milimetricamente cada detalhe que compõe a atmosfera do lugar, dos uniformes aos itens decorativos. Enquanto o paulistano Celso Vieira, comanda o time de cozinheiros.

Com experiências e formação no Italian Culinary Institute for Foreigners (Icif), no Piemonte, Vieira desenvolveu receitas como o fagottini de queijo, presunto cru e figo sobre sugo da casa e ravióli verde de mussarela de búfala ao molho de tomate fresco. Durante o almoço, há a opção de um menu de preço fixo, com uma ilha de massas (R$ 49,80 por pessoa ou R$ 64,90 com uma carne), que dá ao cliente o direito de repetir à vontade três variedades.

Onde fica? Rua Professora Almerinda Dultra, 67, Rio Vermelho. 

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