Bariloche é um destino que pode agradar diferentes amantes de viagem. Escolhi viajar para terras portenhas porque essa seria a minha primeira vez totalmente sozinha no mundo, então optei por um local mais perto de casa, com moeda mais em conta e um destino que poderia ser bem explorado com os poucos dias que eu tinha disponível. E eu não poderia ter acertado mais nessa escolha!
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Para chegar até a cidade é necessário fazer conexão em Buenos Aires, o que para quem não conhece a cidade, pode ser uma forma de aumentar os dias viajados passando um momento por ali. A dica é escolher voos que sigam para o aeroporto Aeroparque. Esse é o aeroporto mais central, com mais opções de alimentação e mais perto da cidade em si, para quem quiser aproveitar as horas de espera. Lembrando que com a Argentina faz parte do Mercosul, somente é necessário seu passaporte ou carteira de identidade em bom estado para entrar no país.
A cidade de Bariloche tem o turismo como sangue nas veias, o município não teria vida se não fossem seus queridos turistas passeando pelo centro da Rua Mitre. Tanto que, atualmente, a cidade vem sofrendo com a diminuição de tráfego por lá, já que a neve ainda não chegou esse ano. Um local que tem como atração turística principal no inverno a neve e as montanhas frias para esportes radicais tem sofrido bastante desde 2015 com estações mescladas e temperaturas medianas, impossibilitando a vinda da tão aguardada neve.
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Mas como meu foco era conhecer um pouco de tudo, isso não me desanimou. O bom de lá, também, é que para quem quiser visitar a região no verão terá diferentes atrações para aproveitar, como trilhas, acampamento, rafting, cavalgadas. Uma grande curiosidade e que pode assustar é que a cidade tem um amanhecer bem “tardio” comparado ao que estamos acostumados. No inverno, o sol sai a partir das 9h da manhã! Então, se você estiver tomando café da manhã com o céu escuro, não se preocupe que isso já se resolve.
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A cidade se divide basicamente em duas grandes regiões: o Centro Cívico, onde está todo o comércio, gastronomia, agências de viagem, câmbio, aluguel de roupas de neve; e a Avenida Bustillo, a principal avenida que liga o centro da cidade com as montanhas de neve, hotéis mais requintados, spas e portos.
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Para quem não planeja alugar um carro, a dica é ficar pelo centro para poder aproveitar tudo mais perto. Mas se a sua ideia é ter luxo em sua estadia, os melhores hotéis estão mais afastados e oferecem alguns serviços de táxi para locomoção. Os ônibus coletivos da cidade são muito fáceis de pegar, tem linhas específicas para cada local e custam barato para quem quer explorar as regiões sozinho. Eu fiquei em um hostel, o que é muito comum na cidade também. No Hopa Home Patagonia Hostel tive uma ótima experiência: local muito limpo, organizado e perto de tudo.
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Os passeios são muito variados. Tem a linha mais família, que é o city tour Circuito Chico que te leva para conhecer algumas igrejas, vistas da cidade e comércios locais; tem os pacotes que são vendidos nas agências que levam para a Villa Angostura, uma vila próxima ao porto com uma vista incrível; tem o passeio de barco até a Ilha Vitoria, que é um catamarã que te leva até a ilha para a visitação do espaço natural com trilhas leves e uma paisagem maravilhosa, sem falar da possibilidade de alimentar gaivotas que te seguem pelo caminho no barco e garantir fotos muito engraçadas.
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Para quem quer mais aventura, todas as montanhas, chamadas cerros, possuem trekking que são caminhadas em elevação; algumas lagoas tem rafting com diferentes níveis de dificuldade; tem o passeio que te leva ou de quadriciclo ou de trenó de neve montanha acima para que depois você desfrute um antar na beira de um precipício; tem as aulas de snowbording ou de ski que podem ser contratadas no pé do Cerro Catedral, o maior dos picos. Atenção para quem tem medo de altura: praticamente 80% das atividades envolvem subir num teleférico até o topo das montanhas!
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Para alimentação, a cidade tem muita influência suíça e francesa graças à colonização, por isso os restaurantes oferecem muitos pratos típicos. Foundue, pizzas, massas e parrilhas são os cardápios mais clássicos, depois vem os locais especializados em empanadas argentinas. No quesito sobremesa, Bariloche é a terra do chocolate, então é possível encontrar diferentes lojas que vendem o doce a cada esquina. Meu favorito foi a da maior marca da cidade, RapaNui. Os sorvetes da cidade são muito ricos também, com sabores inusitados e consistência muito saborosa. Outro detalhe são as confeitarias, que são inúmeras! Não deixe de provar as medialunas doces, que são croissants recheados e também a Tarta de Manzana, uma tortinha de maçã com ricota e açúcar que você não vai se arrepender.
O peso argentina, moeda local, está com uma cotação muito boa para o real. Troquei os valores que eu quis levar no Brasil mesmo e consegui um bom valor de troca. Para se ter uma ideia, as comidas e bebidas tem preço turístico, mas seus “valores” são diferentes do que por aqui. Uma água sem gás custava de 25 a 40 pesos, o que seria de 5 a 10 reais. O sorvete variava de 35 a 80 pesos, o que seria de 10 a 20 reais.
Toda a cidade está preparada para receber os turistas, por isso entendem um belo “portunhol” e se viram muito bem em inglês. Fui muito bem recebida em todos os locais que frequentei, recebi todas as respostas que perguntei, todos muito educados e prestativos.
Para mim, foi uma oportunidade incrível para me virar sozinha, passar um tempo comigo mesma e conhecer um local mágico. Passear pela baía do lago que contorna a cidade e ver um pôr do sol muito colorido e a imagem da imensidão da Cordilheira dos Andes com neve em seus picos é uma experiência mais do que incrível. Recomendo como viagem para família, casal ou para aventureiros que querem ficar mais no seu próprio mundo!
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By Jéssica Mazzola
Jéssica é jornalista, gateira e amante do inverno. Ama colecionar carimbos no passaporte e está explorando um turismo mais aventureiro nos últimos anos. Gosta de conhecer as ruas menos populares de cada cidade à procura de curiosidades e confeitarias escondidas.