Chicago, the windy city. Dica Spice Up by Lissa Fedrizzi

Ouvi dizer que o apelido windy city não foi inventado em função do vento, mas sim do antigo cenário político da cidade. Independente da origem, o que vale é: quando vier, traz um casaquinho e deixa a saia esvoaçante em casa 😉

O tempo aqui é maluco! Passamos pelas quatro estações no mesmo dia 😉 A melhor época para vir, com certeza, é no verão, entre junho e setembro. Dá para circular pela cidade a pé ou de bike, pois é tudo plano. E nessa época os roof tops dos hotéis e os back yards dos restaurantes estão todos abertos.

Há 5 meses que tenho tido o enorme prazer de morar nessa cidade. Até agora, minha avaliação é a melhor possível. Pessoas simpáticas, educadas e bem prestativas. Cidade bonita, organizada, limpa e muito bem cuidada.

Todo canto tem um jardim e as flores são trocadas a cada nova estação. Maio é o mês das tulipas, uma lindeza!

A arquitetura é especial. Apesar de bem turístico, indico o passeio “arquitetônico” de barco pelo Chicago River. É uma forma prática e bem agradável de ver a maioria dos principais prédios e conhecer um pouco da história da cidade.

Na minha opinião, o Jay Pritzker Pavilion é uma das obras mais lindas da cidade. Um auditório super contemporâneo, a céu aberto. Tudo que acontece ali é gratuito e é possível escolher sentar nas cadeiras ou levar toalha e comidinhas para fazer um picnic no mega gramado que fica na frente. Já assisti ali jazz, blues, orquestra sinfônica e sessão de cinema. A acústica é perfeita e o clima é maravilhoso.

Quando estiver andando pelo centro (e depois que já tiver visto o feijão do Anish Kapoor), vale se perder pelo Loop e procurar as obras de arte espalhadas por ali: Picasso, Miró e Chagal.

Chicago é uma cidade super espalhada. Vale organizar o roteiro por regiões. Aqui vão algumas dicas:

Lincoln Park: o parque é enorme e o zoológico é lindo (e gratuito). Nas quartas e sábados tem feirinha de orgânicos, é uma delícia. Depois de andar pelo parque, vale circular pelo bairro, que também se chama Lincoln Park. Gosto de andar pela Clark St até a Broadway. Mais para oeste, vale ir até a Armitage Av, rua com lojas queridas e uma chocolateria ótima! Se estiver com fome, o hambúrguer do Butcher & the Burger é divino.

Um pouco mais para o norte tem a região de Lakeview, ou Boys Town. Várias lojinhas e restaurantes gostosos. Pra quem gosta de baseball, o estádio do Cubs é pertinho, vale a passada.

Wicker Park: é o bairro mais moderinho da cidade. É legal andar pela Milwaukee St e pela Damen St para fazer compras em lojinhas diferentes. Vale almoçar no Big Star, bar mexicano com os melhores Tacos da cidade (sempre tem espera: o esquema é passar ali, deixar o nome na lista e circular pela região). Depois do almoço, se ainda tiver energia, atravessa a rua e entra no Violet Hour, bar com drinks ótimos. Para os fãs de vinil, a Reckless Store é o melhor lugar para enlouquecer. E para comprar boas revistas, a Quimby’s é um ótimo lugar.

Andersonville: bairro sueco, um pouco mais distante, mas uma graça. Se estiver por lá, vale tomar um café e comer uns docinhos no Kopi A Travelers Cafe.

Beira da praia: Ao invés de ir pra areia, sugiro dar uma caminhada de manhã pelo calçadão na região de Gold Coast, até o Navy Pier (vale o trajeto, porque o Navy Pier não tem nada demais).

Se fizer questão de subir nos prédios altos da cidade, sugiro pular a fila de turistas nos observatórios e ir direto para o Signature Lounge, bar no 96o andar do John Hancock.

Para quem tiver mais tempo na cidade, vale dar uma circulada por Pilsen, um bairro latino que tem atraído milhares de artistas. É legal andar pela Halsted St e pela 18th St, entrando nas várias galerias/estúdios espalhadas por lá. Também vale muito ir até a Universidade de Chicago. É um pouco distante, mas o campus da Universidade é enorme e a região toda é muito querida. Vale parar para um café no Medici on 57th, lugar favorito do Obama 🙂

Restaurantes: 

_Purple Pig, comida maravilhosa, prefiro no jantar. Sempre tem muita espera (vale deixar o nome e dar uma volta. Se tiver sorte, pode assistir alguma coisa no Millenium Park até chamarem).

_Girl and the Goat, tem que reservar. Vale também o Little Goat, diner da mesma chef.

_The Publican, lugar com um astral ótimo, legal para jantar.

_ Quality Meats, ideal para brunch ou almoço. Não deixa de pedir as tábuas de enchidos e queijos.

_Avec, pequenos pratos deliciosos para dividir.

_Au Cheval, hamburger ótimo! Vale tomar um drink no Soho House durante a espera, que é enorme.

_Trencherman, uma antiga casa de banho turca. Prefiro sentar no bar e ficar só nos petiscos e drinks.

_Ruxbin, ainda não fui, mas ouvi falar muito bem. É BYOB, tem que levar a bebida!

_Alinea, melhor restaurante dos EUA e 5o melhor do mundo. Tem que reservar com antecedência e vale saber que custa U$300 por cabeça 😉

Música:

_Kingston Mines: um bar de blues maravilhoso, com música rolando o tempo todo. Adoramos ir nas noites de terça, quando toca a banda do Mike Wheeler. Vale pedir os buckets de cerveja e provar as ribs (um pouco apimentadas).

_The Green Mill: bar de jazz e a melhor noite é quinta feira – o show é transmitido ao vivo na rádio.

_Andy’s Jazz Club: pequeno bar de jazz, bom para sentar no bar e pedir um drink enquanto assiste aos shows.

_Chicago Symphony Orchestra: para quem gosta de música clássica, vale muito ver a programação. Tudo que vimos lá foi maravilhoso. Acho que fecham em julho e agosto.

_Smart Bar: pra quem estiver afim de balada, esse é um lugar legal de house music.

Museus: 

_Art Institute: É enorme, tem um acervo maravilhoso, sempre alguma exposição interessante. Vale conhecer também a modern wing.

_MCA: É o museu de arte contemporânea. A visita é relativamente rápida. Durante o verão, no fim de tarde (todas terças feiras), tem jazz no jardim do museu.

Compras: 

_Michigan Avenue – apesar de movimentada, é o lugar que concentra todas as lojas que alguém pode estar procurando. Ali pertinho também vale andar na Oak St e na Rush St.

_North Avenue e Clybourn – várias lojas legais de coisas para casa.

Ufa! Acho que é isso ai!

Chicago é uma cidade que não se esgota. Eu poderia escrever mais algumas páginas com sugestões 🙂

Aproveitem!

 By Lissa Fedrizzi

Amante do mundo. Já morou na Inglaterra, em Portugal e agora chegou a vez dos Estados Unidos