Pensando em aproveitar mais um verão europeu, planejamos nossa viagem com intuito de conhecer novos lugares e novas culturas. A Croácia era um desejo antigo e acabamos optando por passar a última semana da viagem lá.
Nosso planejamento inicial passava apenas por praias, porém, no fim, aproveitamos para conhecer também a capital Zagreb. Como vínhamos de Munique, estudamos qual seria a melhor forma de chegarmos até Split e optamos por uma escala em Zagreb para pegarmos o voo direto. A viagem leva cerca de uma hora pela companhia aérea local, a Croatia Airlines.
Chegando em Split, existem duas opções: a primeira é dormir um dia na cidade e aproveitar para conhecer a mesma, ou pegar o Ferry Jadrolinija e ir direto para a ilha de Hvar. Foi o que fizemos. O ferry é bacana, tendo opção de levar o carro ou apenas ir com sua mala como passageiro, foi o que fizemos. O trajeto leva em torno de 2 horas e meia e, nesta época do ano, vai lotado. Muita gente acaba não tendo lugar para sentar.
No desembarque, procuramos de cara nosso “carrinho” do hotel. Isso mesmo: como fica muito perto do porto, cerca de 10 minutos caminhando, podemos solicitar o serviço de bagagem (onde o carrinho recolhe as bagagens na porta do navio e entrega na recepção do hotel). Vale muito a pena! Nem todos hotéis da ilha contam com este serviço, mas todos do grupo Suncani com certeza oferecem. Chegando no hotel, nos deparamos com aquela vista incrível e, a primeira coisa que queríamos era nos jogar na água e relaxar um pouco.
Na nossa programação, tínhamos 3 noites na ilha e optamos por relaxar no hotel neste primeiro dia. No segundo, alugaríamos um barco para conhecer as ilhas de Pakleni e no último dia passearíamos pela ilha de Hvar de moto. Também já tínhamos feito reserva de três ótimos restaurantes: DiVino, Dalmatino e Passarola. Todos eles têm ótima localização, ficam bem no centro e perto do porto. Todos trabalham apenas com produtos plantados na ilha ou pescados ao redor de Hvar, o que é muito bacana. Especialidades são polvo, lavanda e trufas. Para uma refeição de cara com o pôr do sol, não deixe de reservar o DiVino, vale a pena pela paisagem.
Voltando para nosso roteiro na ilha, no segundo dia acordamos cedo para pegar nosso barco e partir para as ilhas Pakleni. Em Hvar, alugar um barco é como alugar um carro em qualquer cidade europeia: totalmente normal. Como estávamos em duas pessoas, optamos por pegar um barco pequeno, porém não com motor de poupa e sim direção. Não é necessário ter carteira para pilotar e as instruções são dadas em uma aula extensa de cinco minutos na beira das pedras, acredite. Instruções dadas, solicitamos um isopor com gelo (cobre isso, faz parte do pacote), abastecemos com nossos produtos e bebidas e partimos para as ilhas.
Minha sugestão para um roteiro bacana: saia costeando as ilhas até chegar na marina onde ficam os iates do iate week. Estacione o barco bem ao lado esquerdo e de lá caminhe até o outro lado da ilha, na baía de Palmizana. Lá irão encontrar mais de 5 opções de restaurantes para passar boa parte do dia. Ficamos até após o almoço para podermos conhecer os outros locais.
Saindo de lá, começamos a voltar em direção a Hvar. Entrando e passeando entre as ilhas, paramos em mais dois lugares muito bacanas, mais pacatos, sem muito agito e ficamos aproveitando no barco: Mlin e Stipanska. Neste locais há muito barcos ancorados com pessoas curtindo o visual e a calmaria. Chegando mais próximo do final de tarde, todos caminhos levam ao Carpe Diem, clube de praia que vira festa. Esta é a última parada antes de voltarmos para Hvar e curtir o pôr do sol ancorados em frente ao outro famoso clube de praia da Ilha, o Hula Hula.
No último dia na ilha, optamos por alugar uma scooter e conhecer as demais praias e a outra cidade com maior número de habitantes, Stari Grad. Neste dia conhecemos lugares paradisíacos como as praias de Milna, Zrace e Dubovica. São lindos, porém mais rústicos, com casas de pescadores locais que acabaram se tornando restaurantes para atender os turistas que vêm até a região. Não tem muita infraestrutura de praia.
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Após aproveitarmos a manhã toda de sol, fomos conhecer Stari Grad, cidade mais central da Ilha onde se pode chegar de carro vindo de Split. A cidade é muito bonita, onde se tem um portinho e um vilarejo de pedra muito bacana. Existem algumas opções de restaurantes e praias escondidas nas pedras, na beira do mar. Vale a pena o passeio. Após, passamos pelos campos de lavanda nos topos dos morros da ilha e retornamos para o hotel para aproveitarmos nossa última janta neste lugar incrível.
No outro dia, tínhamos nosso ferry cedo para Dubrovnik. Leva em torno de 3 horas, com duas paradas em duas ilhas no caminho. Viagem muito legal, com paisagens lindas, sempre com o ferry navegando entre o continente e as ilhas, com a água cristalina em volta.
Totalmente diferente de Hvar, Dubrovnik não é uma ilha e sim uma cidade grande de praia, já com prédios e infraestrutura bem diferente de hotéis de transportes. Existe um movimento muito grande de transatlânticos chegando e saindo e uma estrutura muito bacana para o turismo. Lembrando que a cidade é mundialmente conhecida por ter abrigado as filmagens do seriado Game of Thrones.
Logo que chegamos, pegamos um táxi e fomos direto para o hotel. Optamos por ficar fora da muralha e, com certeza foi a decisão mais acertada possível. Isso porque a mesma conta apenas com calçamento de pedra, é cheia de escadas e com muita gente durante o dia todo. Impossível transitar com malas. Nosso hotel ficava de frente para uma ilha, com uma vista linda e uma estrutura muito bacana para aproveitar.
No primeiro dia, optamos por ficarmos jogados no hotel. A tardinha, decidimos dar uma caminhada até a muralha para conhecer a cidade antiga. O lugar é incrível, realmente parece que estamos vivendo um filme de época. Vale a pena se perder dentro da cidadezinha e conhecer cada canto. Inclusive, existe um bar encostado na muralha, sobre as pedras, onde se tem o melhor pôr do sol da cidade. Recomendo desfrutar deste momento no Buza Bar.
Depois de um giro grande, subimos até o topo do morro de teleférico para ver o sol cair com a muralha ao fundo junto da Ilha de Lokrum, muito bonito! Apenas fiquem atentos que o teleférico funciona apenas até as 20h. Após, só existe a possibilidade de descer a pé ou de ônibus. Cansados da caminhada e lisonjeados com aquele final de tarde, fomos jantar no restaurante Nautika, lugar incrível colado na muralha, com uma vista fenomenal e comida muito boa.
No outro dia, decidimos aproveitar a praia mais badalada da cidade, Banje Beach, com vista de cinema de frente para a cidade murada. Lá existem possibilidades de alguns clubes de praia bacanas, com aluguel de todo equipamento e serviço durante todo o dia. Vale a pena encontrar um desses lugares e passar o dia aproveitando o sol e a água cristalina e fria.
Também recomendamos um dos restaurantes mais famosos dentro das muralhas, filial de outro que conhecemos em Hvar: o Konoba Dalmatino. Comida muito boa e local aconchegante, vale a pena. Para quem quiser se estender, existem alguns bares muito legais dentro da muralha, também é uma opção para tomar um drink antes de voltar para o hotel.
No outro dia, pegamos um vôo direto de Dubrovnik para Zagreb. Da mesma forma que Split, o voo é bem curto (cerca de uma hora). Muitos dizem que Zagreb é o “patinho feio” da Europa, o que posso discordar. Apesar de ter um aeroporto muito pequeno e uma cara feia na chegada, é uma cidade muito bacana, organizada, limpa e multicultural.
A cidade é pequena, e se consegue conhecer ela toda a pé, em menos de 5 horas. Existem museus bacanas, teatro, a cidade antiga na parte alta da cidade e no centrinho, existem tanto ruas repletas de lojas bacanas, como locais cheios de bares e restaurantes legais para aproveitar a noite.
Posso admitir que Zagreb nos surpreendeu positivamente. Para quem tiver um dia sobrando na viagem, vale conhecer a capital croata. Único ponto ruim e estranho, é que a capital do país (que já faz parte da união europeia há mais de 4 anos) não aceita euro, apenas a moeda local, o Kuna.
By Antônio Costa Gama e Ana Maria Lübbe