Lugares incríveis para safáris em países africanos
Além da África do Sul, referência para quem procura esse tipo de viagem, outros países do continente africano tem se destacado. Descubra mais detalhes!
Recentemente aqui no Spice, te mostramos alguns detalhes sobre os melhores safáris na África do Sul. Hoje vamos dar mais dicas sobre o assunto e apresentar outros destinos incríveis no continente africano como Botsuana, Quênia e Tanzânia. Países que tem desenvolvido o setor do turismo e que surgem como rotas alternativas para quem quer embarcar nessa viagem de encontro com a vida selvagem. Além disso, um passo-a-passo que pode te auxiliar a ver cada espécie específica num safári. Leões, girafas, rinocerontes, veados… o que você afinal espera encontrar?
Botsuana
Apesar de não ouvirmos muito falar do lugar, Botsuana tem sido muito procurado pelos brasileiros. O país fica na região sul da África e tem lugares incríveis, com safáris para ver animais raros como rinocerontes e os mais queridos: os elefantes. O Chobe National Park é uma reserva com cerca de 11 mil km², ela é a casa de mais de 120 mil elefantes. Seja por terra ou com embarcações pela água, os passeios pelo parque proporcionam a chance dos visitantes chegarem perto de hipopótamos, crocodilos, búfalos e antílopes.
Visitar o Parque Nacional de Chobe é mais do que apenas riscar a sua lista de encontro os Big Five. É o pacote completo: céu azulado, pores do sol incríveis, cores em constante mudança, uma brisa quente africana (e hospitalidade africana ), cursos d’água por todos os lados e os safáris mais intensos da África. O país tem períodos bem chuvosos e secos, quando se trata de migração de caça: durante a estação seca, a maioria dos animais fica ao redor do rio. Quando a estação chuvosa começa, as panelas internas (Savuti) oferecem vistas incríveis. Embora você possa visitar o ano todo, os meses de abril, maio e novembro são perfeitos. A maioria dos viajantes escolhe a estação seca para um safári no Parque Nacional de Chobe, os animais independentes, cada vez maiores, ficam ao redor do rio Chobe.
Especialistas explicam como identificar o local exato para encontrar cada espécie. Para os rinocerontes, por exemplo, eles usam montes de esterco em torno de seus territórios, logo pela manhã, já é possível identificar os lugares que eles devem passar o resto do dia circulando ou pastando. Os rinocerontes têm uma visão relativamente fraca, mas têm excelente olfato e audição incrivelmente aguçada; portanto, ao buscá-los, você precisa ser ultra-silencioso, conta Map Ives, coordenador do RCB Botsuana (em entrevista ao CNTraveller).
Para ver leopardos é mais difícil, já que você pode perder suas pegadas em um piscar de olhos se eles escalarem uma árvore ou se esgueiram por baixo de um arbusto. Além disso, há bastante confusão, um grande leopardo macho pode facilmente ser confundido com uma leoa, a diferença é que as leoas estão sempre andando em mais de uma. O leoparto macho é mais independente.
O melhor e mais luxuoso hotel
Localizado no coração do Delta do Okavango, em Botsuana, o Mombo Camp é a principal propriedade dos Wilderness Safaris. O “acampamento” Mombo é reconhecido como o melhor na África, ele fica na ponta nordeste da Ilha Chiefs, dentro da Reserva de Caça de Moremi, o centro do Delta do Okavango. Muitas vezes referida como a capital predadora da África, a região abriga concentrações fenomenais dos famosos “Big Five” da África em uma das partes mais bonitas do continente africano. A localização dessa hospedagem é tão estratégica que você nem precisa sair do acampamento para ver algo espetacular.
É uma antiga reserva real de caça (toda a caça é agora proibida em Botsuana, e as sacolas plásticas não podem mais ser trazidas para o país), e ostenta a mais rica concentração de caça do país. São nove cômodos (cabanas de madeira) equipadas com itens de luxo – camas super confortáveis e volumosas, lavatórios com tampo de mármore, banheiras, duchas retrô, decks privativos e piscinas. Há um bar que serve bebidas e cervejas artesanais e um restaurante que oferece o melhor da carne e dos vinhos sul-africanos. Os preços iniciam a partir de 1.900,00 dólares a noite e por pessoa.
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Quênia
No país, há uma vida selvagem abundante. Além das belas paisagens, os parques Musai Mara e Amboseli estão entre os mais procurados e populares, no total, são mais de 40 parques. As praias tropicais no Quênia também são atrativos para escolher a visita no país.
Musai Mara fica no sudoeste, tem três milhões de animais espalhados pelos 1510 Km² e possui tanta diversidade de animais que é possível ver o Big Five (as 5 espécies mais importantes da selva). O Amboseli é imenso e silencioso, tem planícies a perder de vista, regiões mais áridas e pequenos lagos. Ao fundo, sempre estará o monte Kilimanjaro com seu topo coberto pela neve o ano inteiro.
O forte por lá são as manadas de elefantes, os safáris a pé são ideais. Os elefantes andam rápido e silenciosamente, com eles, a dica é que você deve sempre ter uma saída, por isso, certifique-se de conhecer o caminho de saída antes de chegar muito perto, nas visitas guiadas, os guias já sabem desse detalhe. Para búfalos e rinocerontes, você vai ouvir eles muito antes de vê-los. Aves carrapatas são um indicador muito bom, elas estão sempre por perto desses dois animais.
Destaque ainda para os elandes, uma espécie de antílope, que podem ser vistos se os padrões alimentares forem acompanhados. Eles comem de um a dois arbustos de uma árvore perto um do outro, o padrão de rastreamento deles segue em um círculo de árvore para árvore, para vê-los é só dar uma volta no mato.
O melhor hotel
O Angama Mara fica bem no alto do Grande Vale do Rift, com vista para as planícies de Maasai Mara é absolutamente hipnotizante. A pousada oferece luxo de nível superior à experiência habitual de safári, com tendas sofisticadas com fachada de vidro, excelente culinária e hospitalidade calorosa. A pousada é projetada para garantir que todos os momentos, de comer a dormir a malhar, sejam feitos com a visão da Mara ao fundo. O hotel tem a sua própria pista de aterrizagem de aeronaves a 10 minutos de distância carro.
A privacidade está em primeiro plano. O hotel oferece 30 tendas, mas divide-as em dois campos para manter uma atmosfera íntima, com duas áreas idênticas. Em vez de executar a rotina habitual de safári no início da manhã e no final da tarde, o acampamento permite que os hóspedes criem horários flexíveis para o lazer.
Tanzânia
Nesse país, o ideal é fazer dois safáris por dia, que são completamente diferentes a cada horário. O primeiro da manhã, por volta das 8h, com determinadas espécies mais fáceis de serem vistas. O segundo, ao término do dia, já com a temperatura mais baixa. O melhor período para safáris no país é entre os meses de abril e maio, no período de migração. Lembrando que não é preciso visto para permanecer até 90 dias na África do Sul, mas na Tanzânia o visto é obtido na chegada mediante pagamento que é de 70 dólares.
Na migração anual, milhares de animais podem ser vistos. A migração é um movimento cíclico que se dá, basicamente, porque o clima vai ficando árido e os animais vão migrando em direção ao Quênia acompanhando a chuva, em busca de água. Pois água, além de tudo, também significa pasto verde para eles se alimentarem. Como a Tanzânia e o Quênia ficam em hemisférios opostos, quando chove em um, está seco no outro país. E vice versa. Então quando fica seco no Quênia, eles retornam em direção ao sul do Serengeti, onde dão à luz antes de recomeçar a nova migração. Por isso, os meses que mais devem ser evitados são março e abril, pois são os mais chuvosos na região.
A migração é um grande espetáculo da natureza e é responsável pelo título do Serengeti de Patrimônio da Humanidade (pela UNESCO). Razão para serobrigatório fazer um safári pelo Serengeti. Com proximadamente 40.000 Km², ao norte da Tanzânia, junto com a parte que se estende pelo Quênia (Maasai Mara), forma o chamado Ecossistema Serengeti. A palavra Serengeti significa, na língua Maasai, “imensas planícies”.
Por lá, uma operadora oferece ainda vôos de balão. A cratera do Ngorongoro, uma das maiores caldeiras – uma estrutura vulcânica que colapsou – intactas do mundo, pode ser considerada um dos lugares de beleza natural mais incríveis da Tanzânia. Entre estes dois pontos, vale fazer uma parada no Parque Nacional Lago Manyara, localizado abaixo de penhascos.
Na Tanzânia, há muitos leopardos, leões e girafas, e aqui vão algumas dicas…
Por ser uma espécie que fica bastante camuflada, além de ser vem veloz, a melhor forma de ver um leopardo é usando outros animais para mostrar o caminho – eles têm melhor audição, olfato e visão do que podemos imaginar. O mesmo vale para outros animais, por exemplo, ver leões usando girafas. Eles são famosos por suas competições visuais bastante vagas, mas intensas, com pessoas— Eles adoram encarar e podem permanecer imóveis por horas a fio. Se você alguma vez vê uma girafa executando esses olhares, deve saber que há um leão em algum lugar próximo.
Já para ver um leopardo, os hyraxes ajudam muito. Essas pequenas criaturas que correm sobre as rochas são presas fáceis do leopardo, como ambos compartilham uma preferência por habitats rochosos. Qualquer leopardo que se mova na vizinhança será avistado pelos pequenos olhos afiados dos hyraxes e seu apito de alarme estridente vai ecoar. Esse som pode realmente ser ouvido a distâncias, os esquilos também podem fazer o mesmo.
Uma curiosidade: os passarinhos pouparam a vida de muitos guias ambulantes quase que diariamente. Esses pássaros se agarram às peles de animais específicos, como búfalos, rinocerontes, hipopótamos e girafas, os quais (com exceção das girafas) podem ser mortais. Se você está andando em um arbusto espesso e ouve aqueles pássaros, você sabe 100% que há algo muito perto de você.
O melhor hotel: The Four Seasons