O que conhecer na China by Thiago Couto

Para muita gente, o verdadeiro viajante é aquele que busca experiências totalmente diferentes da qual está acostumado. Quanto maior o choque cultural, melhor. Mesmo me preparando por um ano para a minha primeira viagem ao Oriente, não poderia imaginar o que iria encontrar. Meu destino: China.

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Em julho de 2016, eu e minha namorada Luana, junto a um grupo de alunos do Instituto Confúcio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, participamos do programa SummerCamp. Foram 23 dias imersos na cultura chinesa, com muitos desafios de comunicação e aprendizados. Nesse período, conseguimos viajar pelo país e conhecer diferentes realidades – da China rural, com vilarejos no meio das montanhas – até a China moderna, com vida noturna agitada e arranha-céus de dar dor no pescoço.

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O que conto aqui são apenas highlines das visitas mais marcantes, em Pequim e Xangai. Mas primeiro, dicas básicas:

Pré-viagem

Aprenda o básico de mandarim *foto guia mandarim. Quem pensa que vai se virar na China falando só inglês está muito enganado. Mesmo em Pequim, megalópole com mais de 20 milhões de habitantes, é difícil encontrar alguém que fale mais do que o mandarim. Por isso,  a dica é estudar por pelo menos 1 ano a língua oficial chinesa (sim, eles têm muitos dialetos, mas o mandarim predomina). Para quem quer se arriscar na mímica, não custa levar um dicionário pra ajudar. Vai que dá certo, né?

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Não espere conforto. China não é país europeu. Muitas coisas são diferentes das que a gente está acostumado a pensar aqui no lado Ocidental. Pra começar, é comum encontrar muito lixo nas ruas em regiões mais suburbanas. Em alguns banheiros, as privadas são no chão e não existe divisória. Andar de transporte público é a maneira mais rápida de se locomover, mas parece que todo tempo é hora do rush. O importante é estar aberto a novas experiências e procurar se adaptar à realidade chinesa.

Pequim

Uma semana não é suficiente para visitar todas as atrações da capital da China, mas é possível conhecer alguns pontos turísticos básicos da cidade.

– Muralha da China: quem não visitar a Muralha da China não foi pra China. Estima-se que a Muralha tenha cerca de 9 mil quilômetros (algumas fontes falam em até 20 mil quilômetros), com quase 8 metros de altura. É a mais longa estrutura construída pelo homem. Fica a aproximadamente uma hora e meia de Pequim. Existe o serviço para subir o morro de teleférico e descer em uma espécie de tobogã!

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– Templo do Céu: considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, é o maior templo da China. Dá pra se perder dentro do parque onde o Templo do Céu fica. O Sala de Altar pelas Boas Colheitas é a estrutura mais famosa. Vale a pena tirar uma tarde inteira para visitar.

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– Cidade Proibida: construída para ser a residência oficial do imperador, a Cidade Proibida fica bem no centro de Pequim. São 980 prédios cobrindo uma área de 72 quilômetros quadrados: o maior palácio do planeta! É um lugar para ficar maravilhado com a arquitetura chinesa.

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– Palácio de Verão: localizado no Yiheyuan, outro parque grandioso de Pequim. São 70 quilômetros quadrados, a maior parte ocupada por um lago. Tire um dia inteiro para conhecer este espaço, que conta com diversos templos, jardins e palácios. Aproveite para fazer um piquenique e andar de barco.

Palácio-de-Verão

Hutongs: para quem quer se aproximar da antiga Beijing, é imprescindível caminhar pelos hutongs, ruas antigas cheias de vida, cultura e gastronomia. Existem diversos hutongs, sendo os mais famosos os de Nanluogu Xiang, Yandai Xiejie e Guozijian.

Hutong

KTV e a noite: não vá embora de Pequim sem ir no KTV, que abrasileirando é o nosso bom e velho karaokê. Existem diversas casas noturnas que fecham salas para grupos. Quanto maior o grupo, mais barato você paga. A diversão é garantida. Aproveite para também curtir a noite. Por ser extremamente segura, Pequim permite que você caminhe pelas ruas e descubra todos os dias lugares bons para comer.

KTV

Em Xangai

Para ir de Pequim a Xangai pegamos o trem-bala. Mesmo a 300km/h, a viagem dura umas seis horas – com preço salgado, na base de R$ 250. Para quem gosta de metrópoles movimentadas, com vida noturna agitada e muitas lojas de marca, vale a pena.

– Passeio turístico: para quem ficar apenas um final de semana em Xangai, como eu, a dica é utilizar o serviço de ônibus de turismo. Além de você ter uma locomoção rápida, te leva para os principais pontos da cidade. O custo pode variar de R$ 20 a R$ 50.

– Mercado de Casamento no People’s Park: o People`s Park, ou Parque do Povo, atrai a atenção de muita gente não necessariamente pela beleza, mas sim pelo evento que acontece lá. São diversos pais e avós tentando achar um marido ou esposa para seus filhos e netos. É como se fosse um mercado de casamento. Eles colocam os dados dos pretendentes em guarda-chuvas. É interessante notar a pressão social que existe na China para se casar jovem.

Peoples-Park

– Yu Garden: construído em 1559 por um aristrocrata chinês, o Yu Garden é um lugar de paz e tranquilidade. O jardim é muito lindo, com diversos edifícios e lagos cheios de carpas. No Yu Garden também existem lojas para comprar quadros tradicionais chineses.

Yu-Garden

Bund: com certeza uma vista encantadora do centro financeiro de Xangai. À noite, é possível tirar fotos incríveis dos prédios iluminados. Existem alguns hotéis perto do bund que têm bares no terraço, o que torna tudo mais especial… e caro. Aproveite se puder.

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DSC_0467By Thiago Couto

Sócio da Sopro Conteúdo Digital. Adora viajar e conhecer culturas diferentes. Tem paixão pela fotografia, cinema e quadrinhos e acredita que uma imagem pode transformar realidades.

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