Catarina, minha velha amiga. Ela, uma portuguesa educada e confiante, que não hesita em dizer o que pensa, se tornou onipresente em minhas viagens de carro pela Europa. Sim, é a voz dela por trás do santo milagroso GPS. Não sei exatamente porque, mas sempre optava pelo suave timbre ao invés de escolher um homem pra me dizer o que fazer e pra que lado dobrar – Freud explica.
A verdade é que sem ela e seus “saia na saída”, um tanto redundantes, eu não teria chegado a lugar nenhum nas excelentes autoestradas do velho mundo. O asfalto tinindo,as 4 pistas de cada lado, os pedágios caríssimos pagos com cartão e sem atendentes: tudo está lá em seu devido lugar. O problema mesmo é sair das grandes capitais. São muitos viadutos, perimetrais, placas em línguas nem sempre dominadas. E aí a Cata vem pra salvar.
Mas antes de enfim partir no seu carro de fim de semana é preciso escolher uma locadora confiável. Hertz, Europcar, Avis e Budget oferecem ótimos serviços online, nos quais é possível pagar o valor total na hora da reserva e ainda descolar um desconto. Desconto esse que pode cobrir a diferença entre um carro pequeninho, bem de cidade, e um carrão legal, daqueles de satisfazer fantasias masculinas num piscar de olhos.Essas mesmas companhias estão presentes em quase todos os países e em pontos estratégicos das metrópoles, como em estações de trem e aeroportos. Isso facilita muito a vida em casos como os que vivi:falta de gasolina entre Paris e Bordeaux ou uma van arrombada (sim, bobeamos. E que prejuízo) na Provence. Ou seja, saber que há uma loja pertinho ajuda bastante na hora de ligar pro socorro.
Antes disso, no entanto, o mais legal é pensar na rota a ser explorada. Considere desviar das vias rápidas e explorar os pequenos caminhos, com paradas gastronômicas, museus inesperados e pequenas cidadezinhas. Exatamente essa possibilidade que pode fazer do rent a car a melhor pedida, coisa que muitas vezes o transporte coletivo não proporciona. A Europa oferece muitas routes, e cruzar os campos de lavanda em junho ou subir ou alpes suíços são experiências quase sensoriais.
Os lagos do norte da Itália (Como e Garda), com fotos de cartão-postal, e a Rota do Champagne, no nordeste francês, com vales bem sinalizados e estradinhas que cortam as terras dos pequenos produtores e te levam às caves das melhores marcas também não dão margem para reclamações.
Mas esses quilômetros rodados ficam para um outro post.
By Marcella Lorenzon