Peru by Carol Ceolin – Dica Spice Up

A viagem era para ser outra, mais longa, pra mais longe… mas acabou sendo para o Peru. Fomos eu, talvez um pouco contrariada, minha irmã aventureira, que adora uma vibe mais roots, e a minha mãe, que de roots não tem nada, mas tinha sim um desejo grande de conhecer Machu Picchu desde a época da faculdade de arquitetura. Nesse clima #partiuperu 🙂

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Chegamos por Lima, mas já fomos direto para Cusco, e de repente parecia que eu tinha embarcado rumo a América Latina, mas descido em alguma cidadezinha da Europa. O hotel, onde foi um monastério, mantém hoje muito mais do que o nome, o prédio de 1592 é monumento nacional e se transformou atualmente em um dos  hotéis mais charmosos que já fiquei. Cheio de confortos e mimos, em dias quentes tomamos café da manhã no jardim embaixo de uma árvore centenária ao som de um violinista. O Hotel Monastério é uma das grandes dicas para quem vai para Cusco, porque além disso tudo, a localização é excelente, fica a poucos minutos a pé do centro histórico onde fica a Catedral de Santo Domingo.

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As feirinhas de artesanato são um programa a parte! De encher os olhos e as malas com cores e texturas peruanas, tudo feito a mão! (ou quase… tem muita coisa made in china infiltrada por lá também, mas dá pra ver a diferença).

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Em um dos dias saímos de van para um passeio no Valle Sagrado, onde conhecemos Pachamama, Wiracocha, e outras figuras que dão sentido a cultura inca.

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Para Machu Picchu fomos de trem (indico!) é super confortável, tem café da manhã, lanche… Além disso o teto de vidro transforma a ida em um tour, já que as paisagens são lindíssimas! O trajeto entre a chegada na estação de trem e a entrada no parque ecológico Machu Picchu pode ser feito de ônibus, como nós fizemos, ou a pé, aí entra a parte mais roots da viagem: são um dia e meio ou dois de trilha subindo, então tem que parar para dormir no caminho e montar acampamento no meio da montanha. As pessoas podem ir sozinhas, ou contratar guias profissionais que além de indicar os caminhos carregam as barracas, comida, água…

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De qualquer uma das formas esses passeios tem muita caminhada e sobe/desce então tênis e roupas confortáveis são fundamentais.

Machu Picchu é lindo, uma viagem no tempo. Um passeio dentro do que já foi uma cidade inca cercada por paisagens de tirar o fôlego. Importante: leva passaporte se quiser um carimbo do parque.

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Seguimos viagem para Juliaca, para conhecer os Uros e suas ilhas flutuantes. Os incas foram um povo que teve muitas disputas internas, de chegar ao ponto de cidades/vilas viverem anos e anos atacando umas as outras, por isso em algum momento, algumas destas vilas criaram um sistema de ilhas flutuantes. São feitas em junco, palha e totora, uma espécie de planta que eles usam para tudo, desde material para estas construções, remédio, e até para comer (não tem gosto de nada). Dessa forma, podiam levar suas famílias e casas para qualquer lugar, se protegendo de ataques. E por incrível que pareça, algumas pessoas vivem assim até hoje.

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Em Juliaca chama atenção uma cidade relativamente grande (com aeroporto, universidade) onde somente se paga impostos em imóveis terminados, por isso quase todos as construções são inacabadas. É muito estranho!

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Voltamos para Lima e aí fomos conhecer melhor a cidade, bem bonita, com vários shoppings abertos super charmosos e restaurantes espetaculares (já vou falar da comida, é um capítulo a parte) fomos no Museu do Ouro que é bem famoso, mas confesso que não achei tão legal – o de Bogotá é muito maior e mais organizado. O que eu indico em Lima é o Museo Metropolitano que conta a história da cidade de uma maneira super interativa e divertida e o show das águas, um parque de fontes bem bonito, não deixe de ver a fonte labirinto, demos muitas risadas lá.

Fora artesanatos, não é uma viagem para muitas compras, os preços são bem parecidos com os daqui, mas quem quiser investir, tem duas coisas lá que valem a pena: alguma peça de vicuña, a lã que parece uma seda, e é quase tratada como jóia dentro de vitrines e cubos de vidro nas lojas. Falando em jóias, a segunda dica é ouro, a HStern tem uma parceria com o Peru para linhas de jóias peruanas, e por isso todos os produtos custam cerca de 40% menos do que em qualquer outro lugar do mundo.

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Sobre a comida então: já fomos com uma expectativa super alta para a comida peruana, e se confirmou! Se come muito bem no Peru! O ceviche é sempre um must have nos restaurantes, e acredite se quiser, a pizza também.

Mas é impossível falar da gastronomia peruana sem mencionar o chef Gastón Acurio, ele é tipo um Jamie Oliver peruano, especializado na fusão entre cozinha peruana e oriental, tem redes de restaurantes com diferentes formatos, tamanhos e preços espalhados pelo país. Um deles é o Astrid&Gaston que fica em Lima e hoje é considerado o número 1 da América Latina. É absolutamente necessário marcar horário, e reservar umas três ou quatro horas do dia para o programa – sim, programa – o menu degustação é uma experiência para todos os sentidos. Imperdível!

Crédito Foto: www.theworlds50best.com
Crédito Foto: www.theworlds50best.com

Para beber, Pisco Sour, claro. Pode fazer careta quando ficar sabendo que tem clara de ovo no drink, mas prova tá? E vai ver que é bem bom! E nem dá pra beber muito por lá, a altitude faz duas taças de vinho parecerem a garrafa toda!

Crédito Foto: www.travelstart.co.za
Crédito Foto: www.travelstart.co.za

Aliás, a maioria das pessoas me pergunta sobre a altitude quando sabe que fui para o Peru. São mais de 4.000 mil metros acima do nível do mar nas regiões de Cusco e Puno e não passaram despercebidos não… O sentimento é de um cansaço maior que o normal, nas caminhadas dos passeios é comum ficar um pouco ofegante, aí tem que dar uma parada estratégica para a água. Quem acredita ter mais sensibilidade deixa o primeiro dia livre ou umas horinhas no hotel na chegada, as agências de turismo indicam isso. Lá eles já recebem os turistas sempre com chá de folha de coca, dizem que ajuda a passar.

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No país tem muita pobreza, e muita gente, principalmente crianças, pedindo dinheiro nas ruas. Mas mesmo de sandália suja de barro, na bagunça dos mercados de rua lotados de gente, as peruanas montam looks hipercoloridos com mix de estampas e texturas para matar de inveja muita blogueira por aí.

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O Peru é muita informação! Muita cultura, muita história, muita cor, muito gosto, e muito diferente de tudo o que eu já conhecia da América Latina. É uma grande surpresa! #ficaadica

 
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By Carol Ceolin
Publicitária e jornalista, apaixonada por moda, design e pelo mundo.

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